quinta-feira, 23 de agosto de 2007

Parte de mim


"Onde estiveres, eu estou
Onde tu fores, eu vou
Se tu quiseres assim
Meu corpo é o teu mundo
E um beijo um segundo
És parte de mim
Para onde olhares, eu corro
Se me faltares, eu morro
Quando vieres, distante
Soltam-se amarras
E tocam guitarras
Por ti, como dantes
Agarra-me esta noite
Sente o tempo que eu perdi
Agarra-me esta noite
Que amanhã não estou aqui
Agarra-me esta noite
Sente o tempo que eu perdi
Agarra-me esta noite
Que amanhã não estou aqui
Pedro Abrunhosa - Parte de mim
(ouve a musica aqui no blog)

Eu não sei quem te perdeu


Quando veio,
Mostrou-me as mãos vazias,
As mãos como os meus dias,
Tão leves e banais.
E pediu-me
Que lhe levasse o medo,
Eu disse-lhe um segredo:"Não partas nunca mais".
E dançou,
Rodou no chão molhado,
Num beijo apertado
De barco contra o cais.
Abraçou-me
Como se abraça o tempo,
A vida num momento
Em gestos nunca iguais.
E parou,
Cantou contra o meu peito,
Num beijo imperfeito
Roubado nos umbrais.
E partiu,
Sem me dizer o nome,
Levando-me o perfume
De tantas noites mais.
E uma asa voa
A cada beijo teu,
Esta noite
Sou dono do céu,
E eu não sei quem te perdeu.
Pedro Abrunhosa - Eu não sei quem te perdeu
(ouve a música no fim do blog)

quarta-feira, 22 de agosto de 2007

Na maré de ti



Vejo o teu olhar tranquilo,

E uma serena ausência, amor

Madrugada suave no cais

Olho-te bem nos olhos, sim

Choro reflectido no rio, no rio


Fiz-me ao mar de manhã,

Na maré de ti, ao amanhecer,

Fiz-me ao mar de manhã

Na maré de ti, ao amanhecer


Pelo mar adentro vou entrando

Como o teu semblante na memória, amor,

Pescador de sonhos

Vivo a faina pura, dia-a-dia,

Na incerteza de uma vida

Meu amor, eu volto


Fiz-me ao mar de manhã,

Na maré de ti, ao amanhecer,

Fiz-me ao mar de manhã

Na maré de ti, ao amanhecer

Fiz-me ao mar de manhã,

Na maré de ti, ao amanhecer,

Fiz-me ao mar de manhã

Na maré de ti, meu amor, ao amanhecer!

Fiz-me ao mar de manhã,

Na maré de ti, ao amanhecer,

Fiz-me ao mar de manhã

Na maré de ti, ao amanhecer

Fiz-me ao mar de manhã,

Na maré de ti, ao amanhecer,

Fiz-me ao mar de manhã

Na maré de ti, meu amor, ao amanhecer!


Na maré de ti, ao amanhecer!

Na maré de...

Na maré de ti..

Na maré de...

Na maré de ti..

Na maré de...ti, meu amor...

Na maré de ti...

Na maré de...Na maré de ti..


Na maré de Ti - Gil do Carmo

ETERNIDADE


"Dois amantes felizes não têm fim nem morte,nascem e morrem tanta vez enquanto vivem,são eternos como é a natureza."
Pablo Neruda

terça-feira, 14 de agosto de 2007

O teu perfume


As Rosas não falam,
simplesmente
as rosas exalam
o perfume
que roubam de ti...

segunda-feira, 13 de agosto de 2007

Ofereço Uma Rosa


A quem me deu perfume,
A quem me deu sentido,
A quem só me fez bem,
Ofereço uma rosa,
Aqueles que sorriram comigo,
Aqueles que comigo partilharam lágrimas
Aqueles que souberam da minha existência
Ofereço uma rosa
Aos nobres do sentir
Aos ricos do viver
Aos imperadores do amor.
Ofereço uma simples rosa
Aqueles que simplesmente foram amigos
Que ternamente fizeram do silêncio sair sons,
Que cantaram comigo,
Que me olharam, e, me sentiram
Ofereço a minha rosa,
Àqueles realmente interessantes!

sábado, 11 de agosto de 2007

Saudades


Ter saudades é muito mais que qualquer palavra de outras línguas possam dizer. Eu acredito que um simples "I miss you", ou “nostalgia”, ou seja lá como possamos traduzir saudade em outra língua, nunca terá a mesma força e significado da nossa palavrinha. Talvez não exprima, corretamente, a imensa falta que sentimos de coisas ou pessoas queridas.

Eu tenho saudades de tudo que marcou a minha vida ! Quando vejo retratos, quando sinto cheiros, quando escuto uma voz, quando me lembro do passado..., eu sinto saudades... . Sinto saudades dos amigos que nunca mais vi, de pessoas com quem não mais falei ou cruzei... Sinto saudades de minha infância, do meu primeiro amor, da primeira professora, dos meus amigos de infância, dos meus amigos de um passado recente,da Cita, do Ramon,da Canina, do meu querido e inesquecivel amigo João, do Rui,o meu puto, do Oscar, do Fernando, do Luis, embora sempre presente tenho saudades dele, do Hugo, e acho que não saía daqui se os mencionasse a todos,mas jamais serão esquecidos.

Sinto saudades do presente, que não consegui aproveitar direito, tenho saudades do passado, de quando conheci o meu marido e namoramos e casamos por longos dois anos, também sinto saudades do futuro, que não sei se vou conhecer, mesmo assim estou saudosa. Este futuro no qual apostei toda minha vida:e idealizo,e me preparei , mesmo assim sinto saudades, até porquê eu não o conheço: nem ele a mim!. É possível que o futuro seja diferente de tudo que sonhei, mesmo assim, dele sinto saudades. Sinto saudades até do barulho logo pela manhã feito pelos meus irmãos,tenho saudades do meu pai,a quem deus levou tão cedo,tenho saudades de vivermos todos juntos, tenho saudades. Tenho saudades do Cozido á Portuguesa da minha mãe.Tenho saudades de quem deixei, de quem me deixou, dos amigos da escola e do futebol, tenho saudades. Tenho saudades das noites quentes de verão passadas nas esplanada da discoteca Portugal. Tenho saudades de quem um dia disse que viria e não veio; sinto saudades de quem apareceu na minha vida como um meteóro, sinto saudades. Sinto saudades de subir e descer as ruas de bicicleta, sinto saudades. Sinto saudades do meu irmão e minha irmã caçula , sinto saudades. Sinto saudades novas e saudades antigas, sinto saudades de quem nem conheci. Sinto saudades de uma tarde na praia em familia, sinto saudades. Sinto saudades, de rebolar na relva na casa da minha avó, sinto saudades.

Sinto saudades dos que se foram e dos quais não me despedi direito nem torto, que não tiveram como me dizer adeus... Tenho saudades das pessoas que passaram no passeio contrário da minha vida, pessoas que só vi de vislumbre; tenho saudades de coisas que eu tive e de coisas que nem sei se existiram, mas se soubesse, decerto gostaria de experimentar. Tenho saudades das gentes que, por eu ter cruzado a rua, deixei de conhecer. Sinto saudades da minha cadela lassie, que tive um dia, quando criança e que me amava fielmente, como só os cães de crianças são capazes; dos livros que li e que me fizeram viajar, dos discos que ouvi e que me fizeram sonhar, das coisas que vivi e das que deixei passar, sem curtir na totalidade, para resgatar alguma coisa que nem sei o que é e nem onde perdi mas, mesmo assim, sinto saudades.


Sentir saudade é prova irrefutável de que sou um ser humano e que estou viva!